Prazer, Baculovírus!

Publicado em

12/8/2021

Inovação

A utilização dos inseticidas microbiológicos vem crescendo substancialmente ao longo dos anos no Brasil e mundialmente. Dentre eles, destacam-se os Baculovírus NPV, como o grupo mais estudado e com maior potencial de uso dentre os vírus entomopatogênicos. As principais características que tornam os Baculovírus desejáveis em manejo de pragas agrícolas são a sua especificidade, seletividade e compatibilidade com outras ferramentas de controle. Além disso, estes bioinseticidas não tem efeito tóxico sobre aplicadores e são muito favoráveis do ponto de vista ambiental.

A família Baculoviridae é composta por vírus de grande relevância para o controle de pragas agrícolas, especificamente lepidópteros. Eles agem por ingestão, ou seja, as lagartas se alimentam de folhas contaminadas e os poliedros virais, que penetram nas células epiteliais do intestino, provocam a morte das lagartas a partir do terceiro dia. O tegumento das lagartas mortas se rompe e seu conteúdo rico em vírus se espalha pelas folhas adjacentes, dando origem a novos ciclos de infecção. A epizootia ocorre quando há uma alta mortalidade de lagartas na plantação.

Arte desenvolvida por Gabriella C Gaston
Arte desenvolvida por Gabriella C Gaston

Veja detalhadamente como funciona o modo de ação do baculovírus:

Após a aplicação do Baculovírus, as lagartas ingerem os poliedros depositados sobre as plantas (A), que se dissolvem no pH alcalino e liberam as partículas virais, que penetram no núcleo das células epiteliais do intestino das lagartas, se replicam e dispersam via hemolinfa e traquéia (B). O processo, desde o início da infecção até a morte, pode durar de 2 a 7 dias, dependendo do tamanho da lagarta e das condições ambientais.  Ao morrer, as lagartas apresentam corpo bastante flácido que escurece rapidamente e se rompe com facilidade, liberando uma grande quantidade de vírus no ambiente, contaminando todos os tecidos das outras lagartas em ciclos de infecção subsequentes (C).

A empresa AgBiTech vem trabalhando há mais de 20 anos com o refinamento na criação massal de Noctuídeos hospedeiros e na produção de baculovírus, e conseguiu com sucesso desenvolver um processo de produção inovador e proprietário de alta escalabilidade e qualidade com baixo custo.

Ao longo dos anos, surgiram no mercado produtos formulados com diversos tipos de Baculovírus para o controle de lagartas, sendo a AgBitech a empresa com o maior portfólio de baculovírus do Brasil e do mundo. Os baculovírus tem modo de ação distinto e são classificados como Grupo 31 pelo IRAC Internacional. Este grupo representa um importante alicerce em MIP e MRI.

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